Questões como a qualidade dos serviços, sustentabilidade do sector, transformação digital, capital humano e a relação com as seguradoras foram debatidas no evento. Segundo José Cunha, secretário da Associação Angolana de Clínicas Médicas, “o quadro das dificuldades do sector privado é influenciado pela realidade económica do país. Grande parte das clínicas vive uma situação difícil devido à inflação, e os preços dos materiais e medicamentos sobem constantemente”, reiterou.
O secretário orientou que as clínicas devem, obrigatoriamente, atender os pacientes em situação de emergência, independentemente da sua condição financeira. Em caso de incumprimento, o lesado deve denunciar a instituição privada.
Já Cecília Henrique, presidente da Associação de Mulheres com Endometriose, lamentou as dificuldades em realizar consultas e exames médicos no sector privado, devido aos elevados preços dos serviços.
“O médico encontra dificuldades em solicitar alguns exames. Somos obrigadas a recorrer às clínicas privadas, o que nem sempre é possível, especialmente para nós, que já temos o diagnóstico, mas não temos acompanhamento por ser dispendioso”, frisou.
José Cunha concluiu que a associação tem o dever de influenciar positivamente o atendimento ao paciente, caso se verifiquem irregularidades no sistema privado.