A reabilitação social e profissional dos reclusos da unidade prisional de Luzia, em Saurimo, na Lunda-Sul, tem registado avanços significativos com a participação activa de educadores penitenciários e das igrejas locais, avançou, quinta-feira, o director dos Serviços Penitenciários.
Joaquim Domingos Miguel destacou o impacto positivo dessas acções na vida de dezenas de jovens privados de liberdade pela prática de crimes diversos.
A diversificação das iniciativas, disse, e a sua adequação ao perfil dos reclusos tem contribuído para a mudança de comportamento e reinserção de muitos no mercado de trabalho depois de terminarem o período de reclusão.
“Temos jovens que, após processos de reabilitação, se tornaram serralheiros, soldadores, mecânicos e até mensageiros da Palavra de Deus nas igrejas onde se converteram”, referiu.
Apesar de várias acções desenvolvidas, o responsável mostrou-se preocupado com o aumento da criminalidade na região, com maior destaque para os casos de furto, roubos e homicídios. Actualmente, disse, 519 reclusos estão confinados naquele estabelecimento prisional, dos quais 230 condenados e 199 em prisão preventiva.
Outro desafio, acrescentou, é a reincidência de alguns ex-reclusos em pouco tempo, pelo cometimento de novas infracções.
A sobrelotação, reabilitação de algumas áreas internas, falta de energia eléctrica e água potável da rede pública e a construção de um novo estabelecimento prisional contam das principais preocupações apresentadas pelo director dos Serviços Penitenciários.