O fenómeno tem sido tema de debate em vários sectores, especialmente no contexto da preservação do património e da sustentabilidade dos espaços comuns.
Vágner Afonso, especialista em Administração de Empresas, sublinhou a importância dos bens públicos e o papel dos órgãos sociais na sensibilização da população.
“O vandalismo de bens públicos tem sido muito debatido, sobretudo em instituições públicas. A mudança começa nas nossas casas. Há um défice no cuidado pelo bem-estar colectivo. As redes sociais devem promover mais campanhas de consciencialização sobre a protecção dos bens públicos”, referiu.
Já Emerson Miguel apontou a falta de conhecimento como uma das principais causas do problema.
“É uma questão de falta de informação. Quando vandalizamos um bem público, estamos a destruir algo que é nosso. É muito triste ver pessoas a cometer este acto contra algo que devia servir toda a comunidade.”
Para Jacinta Silva, o vandalismo está directamente ligado à falta de ocupação da juventude: “Há muitos jovens sem rumo, alguns afectados por substâncias ilícitas. A falta de centros de reabilitação acessíveis agrava a situação. Com mais apoio, muitos poderiam estar ocupados em projectos produtivos.”
Do ponto de vista legal, o jurista Almeida César defendeu que a educação cívica e a fiscalização são fundamentais.
“É urgente investir na educação por eficácia e aplicar sanções aos infractores. O vandalismo acarreta custos elevados para os cofres públicos, que poderiam ser canalizados para outras prioridades”, ressaltou.
O psicólogo Vasco da Gama considerou que o problema tem raízes profundas no contexto familiar e social: “O homem é produto do meio. Muitos jovens cresceram sem referências éticas e morais. É preciso repensar a sociedade que estamos a construir. A psicologia pode ajudar na reeducação e na restruturação dos comportamentos e emoções.”