Sociedade

VANDALISMO PREOCUPA CIDADÃOS EM LUANDA

- 16 de maio de 2025, publicado porAlbertina Gouveia
VANDALISMO PREOCUPA CIDADÃOS EM LUANDA

O fenómeno tem sido tema de debate em vários sectores, especialmente no contexto da preservação do património e da sustentabilidade dos espaços comuns.

Vágner Afonso, especialista em Administração de Empresas, sublinhou a importância dos bens públicos e o papel dos órgãos sociais na sensibilização da população.

“O vandalismo de bens públicos tem sido muito debatido, sobretudo em instituições públicas. A mudança começa nas nossas casas. Há um défice no cuidado pelo bem-estar colectivo. As redes sociais devem promover mais campanhas de consciencialização sobre a protecção dos bens públicos”, referiu.

Já Emerson Miguel apontou a falta de conhecimento como uma das principais causas do problema.

“É uma questão de falta de informação. Quando vandalizamos um bem público, estamos a destruir algo que é nosso. É muito triste ver pessoas a cometer este acto contra algo que devia servir toda a comunidade.”

Para Jacinta Silva, o vandalismo está directamente ligado à falta de ocupação da juventude: “Há muitos jovens sem rumo, alguns afectados por substâncias ilícitas. A falta de centros de reabilitação acessíveis agrava a situação. Com mais apoio, muitos poderiam estar ocupados em projectos produtivos.”

Do ponto de vista legal, o jurista Almeida César defendeu que a educação cívica e a fiscalização são fundamentais.

“É urgente investir na educação por eficácia e aplicar sanções aos infractores. O vandalismo acarreta custos elevados para os cofres públicos, que poderiam ser canalizados para outras prioridades”, ressaltou.

O psicólogo Vasco da Gama considerou que o problema tem raízes profundas no contexto familiar e social: “O homem é produto do meio. Muitos jovens cresceram sem referências éticas e morais. É preciso repensar a sociedade que estamos a construir. A psicologia pode ajudar na reeducação e na restruturação dos comportamentos e emoções.”

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