Um comunicado informa que a distinção, a “título excepcional”, teve lugar no salão nobre da Primatura Centro-Africana, em cumprimento de um Despacho do Presidente da República Centro-Africana, Grão-Mestre da Ordem, e marcou o fim de um mandato de 18 meses ao serviço da paz e da estabilidade na RCA, bem como o reconhecimento ao seu empenho e esforços no processo de paz em curso no país.

O Primeiro-Ministro da RCA disse, em gesto de agradecimento, que durante o seu mandato o representante da União Africana empenhou-se activamente nos processos de diálogo, desarmamento e reconstrução das instituições, em estreita colaboração com os parceiros bilaterais e multilaterais da RCA, cuja acção diplomática contribuiu, em particular, para o fortalecimento dos mecanismos de concertação entre as partes interessadas no processo de paz.

Félix Moloua elogiou "o compromisso constante e construtivo da União Africana através do seu representante" e reafirmou a vontade das autoridades centro-africanas de manter um diálogo estreito com a organização continental, actor-chave no apoio à recuperação do país.

Visivelmente emocionado, o diplomata angolano expressou o seu agradecimento às mais altas autoridades centro-africanas pela qualidade da cooperação mantida ao longo da sua missão.

António Egídio de Sousa Santos disse que guardará "memórias calorosas" da sua passagem pela República Centro-Africana, um país que diz ter aprendido a amar pela "resiliência e generosidade do seu povo".

"Saio com um profundo sentimento de satisfação, honrado por poder acompanhar os esforços de reconciliação nacional ao lado do povo centro-africano", disse após a cerimónia.

Em memória da sua passagem pela República Centro-Africana, o diplomata angolano recebeu também um presente simbólico, incluindo um objecto esculpido em madeira de ébano, que testemunha a arte local, oferecido pelo Primeiro-Ministro, Félix Moloua.