O tento surgiu aos 48 minutos, na sequência de um canto cobrado por Manuel Keliano e garantiu a qualificação às meias-finais da competição reservada aos países da África Austral.
A equipa nacional confirmou um lugar na próxima etapa da COSAFA, a ser disputada na sexta-feira. Hoje, os Palancas Negras aguardam o encerramento da fase de grupos para conhecerem o adversário, Madagáscar ou e-Swatini, com o qual disputam a vaga para a final agendada para 15 do corrente.
O primeiro tempo foi uma fotocópia do jogo de estreia diante da Namíbia. Os comandados de Pedro Gonçalves entraram desconcentrados, com várias perdas de bola no meio campo, sem a capacidade de conservação e circulação do esférico.
A selecção do Malawi apresentou-se mais forte, criou situações de golo emitente, com transições e arrancadas perigosas à baliza sob alçada de Neblu. Sem arte e engenho, os Palancas Negras tentaram encontrar o caminho do sucesso, mas o meio campo revelava incapacidade de construir as acções ofensivas.
Os malawis ganharam confiança e agigantaram-se, pois, incomodaram com frequência o último reduto angolano. A ansiedade de assegurar o apuramento às meias-finais da COSAFA fez-se sentir a tempo integral durante os primeiros 45 minutos. Show e Randy N'teka, carentes do apoio de Gibelé e Chico Banza, estiveram aquém das expectativas.
Embora o Malawi tenha conseguido o maior volume de jogo ofensivo, pecou na pontaria. No segundo tempo, Pedro Gonçalves não quis iniciar sem efectuar mexidas na equipa. Chico Banza e Gibelé deram lugar a Jonatan Buatu e Zine Salvador.
Volvidos dois minutos, Angola chegou ao golo por intermédio de Randy N'teka, na sequência de um canto, da esquerda. O médio do Rayo Vellecano de Espanha subiu e marcou o único tento do encontro.
Após o golo, embora tenham surgido outras alterações em relação ao “onze” inicial, o combinado angolano continuava inseguro, sem um futebol vistoso. Todavia, defendia a vantagem magra, determinante para assegurar o apuramento para as meias-finais.
Malawi manteve a pressão sobre Angola no intuito de igualar o resultado, mas não passou da intenção, pois, já estava escrito que o triunfo era da Selecção Nacional, visando a revalidação do título.
Alexandre Fernandes foi eleito o “Homem do Jogo”, por ter sido preponderante no asseguramento da inviolabilidade da baliza de Neblu.