O culto foi promovido por ocasião do 319º aniversário do seu assassinato, ocorrido a 2 de Julho de 1706, após ter sido acusada de bruxaria e heresia, aos 22 anos, numa fogueira por ordem do Rei do Kongo, Pedro IV, influenciado pelos colonialistas portugueses.

O acto, testemunhado pelo governador do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, foi antecedido por uma procissão que saiu do campo multiusos nas “15 Casas” até ao Centro Cultural “Comandante Bula”, e esteve inserido nos festejos do 8º aniversário da elevação da cidade histórica de Mbanza Kongo a Património Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a ser celebrado a 8 de Julho, e, também, dos 50 anos da Independência Nacional.

O vice-governador para o sector Político, Social e Económico, Afonso Nzolameso, que falou em nome do titular da província, disse que a celebração dos 319 anos da morte da profetisa Kimpa Vita, não representa o fim, mas a continuidade de um legado de coragem, fé e luta pela liberdade de uma mulher visionária e patriota. Afonso Nzolameso explicou que Kimpa Vita mostrou bravura nos momentos mais difíceis para resgatar a unidade do povo Kongo, reafirmar a identidade e enfrentar com ousadia as imposições do domínio colonial naquela época.

Segundo Afonso Nzolameso, o Governo local reitera o compromisso em promover e valorizar a figura de Kimpa Vita como símbolo de identidade, luta e esperança, uma forma de perpetuar a sua memória com acções concretas de valorização cultural, inclusão social e desenvolvimento sustentável.

O dia 2 de Julho, para as Igrejas Africanas, é considerada uma data histórica, pelo facto de uma grande moldura humana juntar-se no Centro Cultural “Comandante Bula”, em Mbanza Kongo, que consideram a “Terra Santa”, onde foi rendida a homenagem à profetisa e política Kimpa Vita.