Intitulado “Bonga – Falar de Assim”, o filme foi realizado pelo jovem cineasta Edilson Ngunza, resultante do trabalho de licenciatura em Cinema numa das universidades de Lisboa, em Portugal.

Segundo o actor e director Sílvio Canganjo, membro da equipa de produção do filme, o realizador Adilson Ngunza levou dois anos para produzir o documentário. “Foi um trabalho muito difícil devido à agenda do artista. Teve um processo muito complexo pela dimensão do cantor”, disse.

O documentário sobre José Adelino Barceló de Carvalho “Bonga” foi filmado em Lisboa, na residência do músico e nos bastidores da organização do espectáculo “Bonga 80+1”, em celebração ao seu 81º aniversário. Dentre os testemunhos de familiares, amigos e alguns colegas de trabalho que o acompanham há mais de uma década, Carlos de Carvalho, irmão mais velho de Bonga, defende que os angolanos deveriam dar mais valor ao Bonga, por todo o seu percurso como artista e cidadão que leva a bandeira do país em vários lugares do mundo.

Por sua vez, Rosa de Carvalho, irmã de Bonga, explicou que a primeira vez que ouviu o seu irmão a cantar foi por intermédio de um amigo, que trouxe uma cassete para escutar, tendo reconhecido a voz do irmão. “Porque Bonga estava distante e sem falar com a família durante 19 anos”, recordou.

Betinho Feijó, professor, compositor e instrumentista angolano que integra a banda do artista, também prestou o seu testemunho no filme.

No que toca aos amigos e admiradores da obra de Bonga, o jornalista Victor Hugo Mendes, que actualmente reside em Lisboa, frisou que a música angolana jamais seria a mesma sem Bonga, ostentando um legado inestimável nos anais da história angolana.

“É uma grande referência, uma grande direcção em áreas diferentes. O Kota Bonga tem sido um grande exemplo de persistência”, considerou.

“Bonga - Falar de Assim” chega oficialmente às salas de cinema em Maio, entre os dias 22 a 25, com exibições no Centro Camões, em Luanda, e no Shopping Millennium, no Lubango.