Sob o lema “O Plano Mattei para África e o Portal de Entrada Global: Um esforço comum com o continente africano”, a cimeira reúne líderes de países como Zâmbia, República Democrática do Congo e Tanzânia, além de representantes de instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
O encontro visa consolidar parcerias estratégicas entre a Europa e África, através de iniciativas que visam travar a migração forçada e promover o desenvolvimento sustentável. Em destaque estarão duas grandes estratégias: o Plano Mattei, proposto por Itália, e a iniciativa Global Gateway, liderada pela União Europeia.
Formalizado em 2024, o Plano Mattei prevê um investimento de 5,5 mil milhões de euros, destinados a créditos, doações e garantias para projectos nas áreas da energia, agricultura, educação e formação profissional. Um dos pilares do plano é o Corredor do Lobito, um ambicioso projecto ferroviário de 830 quilómetros que ligará Angola à Zâmbia e à República Democrática do Congo, criando um importante eixo logístico para a exportação de minerais e produtos agrícolas.
Já o Global Gateway, lançado em 2021, representa um pacote de investimentos de 150 mil milhões de euros, com enfoque em projectos sustentáveis, alinhados com as prioridades dos países africanos. Bruxelas vê no plano italiano um complemento estratégico à sua própria iniciativa, e pretende “consolidar a sinergia” entre ambas as abordagens.
João Lourenço, que discursará em Roma, regressará rapidamente a Luanda, onde será anfitrião da 17.ª Cimeira Empresarial EUA-África, entre os dias 22 e 25 de Junho. O fórum contará com mais de 1.500 participantes e terá, entre os temas centrais, o Corredor do Lobito, reafirmando o papel de Angola como ponte entre África e os grandes blocos económicos mundiais.