O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu nesta terça-feira, 17 de Junho, prolongar por mais 90 dias o prazo para a transferência do controlo do TikTok, aplicação detida pela empresa chinesa ByteDance, cuja venda obrigatória foi imposta pelo Congresso norte-americano.
A informação foi confirmada pela Casa Branca, através da secretária de imprensa, Karoline Leavitt, que sublinhou que o Presidente “não quer ver o TikTok desaparecer”, razão pela qual decidiu emitir uma nova ordem executiva.
Esta é já a terceira prorrogação do prazo desde Janeiro. A venda da aplicação tem enfrentado sucessivos entraves, sobretudo pela falta de luz verde das autoridades chinesas para que a ByteDance abdique do controlo da rede social. Caso contrário, o TikTok poderá ser proibido nos EUA, de acordo com a legislação aprovada em 2024.
Em declarações a bordo do Air Force One, Trump admitiu que “provavelmente será necessária a aprovação da China”, mas manifestou confiança numa solução: “Penso que o Presidente Xi acabará por aprová-la.”
O primeiro adiamento ocorreu logo a 20 de Janeiro, no início do seu novo mandato, após o TikTok ter sido temporariamente suspenso no país. Um segundo adiamento foi anunciado em Abril, quando se previa um acordo com investidores norte-americanos, incluindo a Oracle, Blackstone e o empresário Michael Dell, para criar uma nova estrutura empresarial do TikTok nos EUA. No entanto, o processo falhou após o recuo da China, na sequência do anúncio de novas tarifas comerciais impostas por Trump.
O plano previa a separação do TikTok US da ByteDance, com um aumento da participação de investidores não chineses de 60% para 80%.
A empresa ByteDance ainda não aceitou o princípio da alienação, apesar das pressões, enquanto o Congresso dos EUA permanece preocupado com a utilização de dados dos utilizadores e com a influência da aplicação na opinião pública.