De 9 a 11 de Julho, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acolherá na Casa Branca a sua primeira cúpula africana desde o início do segundo mandato, reunindo os Chefes de Estado do Senegal, Gabão, Guiné-Bissau, Libéria e Mauritânia. O encontro tem como objectivo reforçar as relações comerciais e promover investimentos bilaterais, numa linha orientada pela doutrina “America First”, que privilegia parcerias económicas sustentáveis em detrimento da ajuda externa.

Contudo, a ausência de figuras de peso como João Lourenço, Presidente de Angola e actual presidente em exercício da União Africana, e Bola Tinubu, Presidente da Nigéria, maior economia do continente, foi interpretada por diplomatas e analistas foi encarada como um acto de desrespeito institucional. Muitos consideram que a exclusão da União Africana representa um retrocesso nos esforços de integração regional e de construção de uma parceria mais equitativa entre os Estados Unidos e África.

De acordo com fontes citadas pela Reuters, esta cúpula marca uma reorientação da política externa norte-americana em relação a África, com ênfase em sectores estratégicos como os minerais críticos, a segurança regional, a energia e as infra-estruturas. A selecção dos países convidados teria sido feita com base em “compromissos bilaterais sólidos” e “potencial económico directo”.

O Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, reforçou essa abordagem ao afirmar: “Os Estados Unidos deixaram para trás a política da caridade. Agora, valorizamos países dispostos a crescer com autonomia.”