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MILITARES ACUSADOS DE PLANEAR MORTE DE LULA VÃO A JULGAMENTO

- 22 de maio de 2025, publicado porAlbertina Gouveia
MILITARES ACUSADOS DE PLANEAR MORTE DE LULA VÃO A JULGAMENTO

O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, nesta quarta-feira, a denúncia contra nove militares e um polícia acusados de planear o assassínio do Presidente brasileiro, Lula da Silva, e de outras autoridades, como parte de um plano de golpe de Estado.

Os acusados terão planeado matar Lula da Silva após a sua vitória nas eleições de Outubro de 2022, como parte de uma tentativa de manter Jair Bolsonaro, derrotado na sua candidatura à reeleição, no poder, segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República.

O plano incluía ainda o assassínio do então vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e do juiz Alexandre de Moraes, na altura presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

A Procuradoria-Geral da República acusou dois generais, três coronéis e seis tenentes-coronéis, todos na reserva e, na sua maioria, antigos membros da força de elite treinada para operações especiais.

No entanto, as acusações contra dois deles, o general Nilton Diniz Rodrigues e o tenente-coronel Cleverson Magalhães, não foram aceites, tendo a Primeira Turma do STF considerado, por unanimidade, que não existiam provas suficientes contra ambos.

De acordo com a Polícia Federal, responsável pela investigação, o próprio Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” do plano, algo que nega veementemente, tal como os dez suspeitos acusados na terça-feira.

As acusações foram aceites um dia depois de a Primeira Turma do STF ter iniciado a audição das testemunhas no processo que envolve Bolsonaro e sete dos seus ex-colaboradores.

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