Em declarações ao Jornal de Angola, José Severino disse que o Executivo deve financiar as micro, pequenas e médias empresas, para que possam garantir consumo suficiente às famílias e contribuírem de forma activa para o crescimento económico do país.

“O grande problema da distribuição é que as micro, pequenas e médias empresas muita das vezes têm produtos colocados nas prateleiras de baixo e a importação nas prateleiras de cima. Os consumidores compram o que vêem em cima e não o que está em baixo”, lembrou.

De acordo com José Severino, essa técnica deve ser invertida, em que os produtos nacionais devem estar nas prateleiras de cima, a fim de serem consumidos e exportados, em benefício do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Angola.

Para o presidente da AIA, as empresas nacionais e estrangeiras que operam em vários segmentos da actividade económica no país devem empregar mais pessoas para trabalharem no campo.

“A produção do algodão pode empregar milhares de pessoas. Temos três grandes empresas têxteis paradas nas cidades. Muitos centros de confecções deveriam ser criados. A semente do algodão pode servir para extrair óleo, que tem o bagaço que serve de ração para produção de frango, porco e peixe”, notou.

O responsável disse que os sectores da construção civil e industrial também devem contribuir para o aumento da empregabilidade com a construção de habitações sociais.