Depois da Mediateca do Lubango, a adesão registada no segundo dia de exposição, na zona turística Dr. António Agostinho Neto, foi considerável pela curiosidade do público.
Além de gentes de vários extractos sociais, destacou-se, também a presença de chineses, vietnamitas, eritreus, portugueses, brasileiros, namibianos, sul africanos e outros que têm percorrido vários pontos das províncias não só da Huíla, como o Cunene, Namibe e Cubango.
Formada em Nutrição e actualmente empenhada, também, na docência, a jovem artista plástica explicou que o evento é a primeira exposição individual de artes plásticas, cujo título em referência, marca um momento singular na carreira de mais de dez anos dedicada à arte.
A artista plástica Sandra Mendonça descreveu que a exposição se destaca por unir duas áreas tradicionalmente separadas, notadamente a arte e a ciência. “Não tem sido fácil conciliar as duas coisas por cada uma exigir muito dos usuários dada a sua complexidade em vários aspectos”, referiu.
Com formação em Nutrição que é conciliada com a docência, Sandra Mendonça utiliza a pintura como meio especial para abordar temas relacionados com factos da vida familiar e pública com realce à saúde, convívio, paisagens, vida animal, bem-estar social, lugares atraentes e outros. “Esta exposição faz parte duma das realizações dos sonhos, mas, por diversas razões não foi possível", justificou, para descrever que tal acontecimento representa os cruzamentos das paixões.
Descreveu ainda que tais cruzamentos têm a ver com a ciência, educação e a arte, que deixam os seres humanos em contacto permanentes com a natureza que por ser bela e atraente merece a atenção especial em factores como preservação, tratamento condigno e criar condições para que sirvam outras gerações.
Segundo ela, as peças expostas foram concebidas com materiais de uso acessível, entre elas, ripas de madeira, tecidos, gesso e tintas diversas,como aquarela, guache e acrílica, aplicadas com técnicas de diluição em água. “A simplicidade dos recursos contrasta com a profundidade das mensagens transmitidas nas obras”, referiu.